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terça-feira, 22 de março de 2011

Clube Guarani & Projeto Ponto de Cultura Axé Raízes

Arroio Grande é marcada pela miscigenação, portanto percebe-se que durante o seu processo de formação originaram-se as mais diferentes formas de dominação e de controle da hegemonia étnica eurocêntrica em detrimento da etnia afrodescendente, com isso desconsiderando a importância da cultura africana na sociedade.

Clube Guarani
Por conta de perseverantes reivindicações através de décadas, nas quais foi fundamental a participação de movimentos organizados, foi criado em 26 de fevereiro de 1920 o Clube Guarani, espaço de convívio social, resistência da cultura e da tradição das famílias negras do município e da região sul, uma sociedade desenvolvida pelos impasses sociais e raciais, na busca incansável da valorização e reconhecimento da cultura negra ou afro-descendente, proporcionando lazer e cultura de forma digna e homogênea, com o passar dos tempos através do seu trabalho sócio-cultural ocorreu uma miscigenação de etnias e consagrou-se um marco da sociedade arroio-grandense...


Estes mesmos negros, que eram proibidos de frequentar os clubes “da sociedade”, ironicamente são responsáveis pela trajetória do conjunto que há cerca de 80 anos anima os tradicionais bailes de carnaval destes mesmos clubes. A Banda Farroupilha e suas atualizações, além de também serem a “charanga” de alguns dos blocos mais antigos da cidade, têm sua história vinculada à posterior criação do Clube Guarani, o “clube dos negros”.                                                     Marilia Kosby


Entende-se que resgatar a história africana através de atividades socioculturais é reviver fatos que alicerçaram o desenvolvimento que hoje temos alcançado; É reconstruir a trajetória e refazer o percurso que gerou mudanças no nosso modo de vida, de entendimento e de valorização.

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